Sábado 24 de Dezembro. O sábado que vai marcar Safende como o dia em que 04 jovenzinhos conhecidos e devidamente identificados (Os jovens moradores são identificados no texto com a primeira letra(s) do nominho de casa: B; L; NM;Z) tentaram sacanear a todos nós.. O golpe foi tão feio que apanhou todo o mundo de surpresa.
No meio da tarde de sábado, dia da vigília de Natal, na zona tudo aparentava estar tranquilo: crianças, como hábito pedem para entrar no recinto do Espaço Aberto para brincar no mini parque. Txarles, guarda do centro, permitiu e lá estavam elas contentes da vida. Minutos depois do outro lado da entrada aproximam-se 4 indivíduos, para o Espaço Aberto vindo das bandas da oficina Nay. Informações dão conta que começaram a desrespeitar Nhu Papa mas que foram evitados.
Chegados ao Espaço Aberto L pontapeou violentamente o portão. Txarles experiente em lidar com essas situações questionou essa atitude. O indivíduo tentou desculpar-se, que nem rato que ta morde ta sopra! Com a situação controlada, ao tentar fechar o portão eis que os restantes membros da porcaria B e Z forçaram entrada exterior do Espaço e começaram a agressão, tendo Txarles ficado com um ferimento na cabeça (graças a Deus está bem!). Txarles e B envolveram-se em socos mútuos. Conseguindo recuar Txarles tentou entrar dentro do centro e utilizar o telefone para chamar a policia, mas B, L e Z entraram na recepção vandalizaram o telefone, como se para impedir. Um deles disse “nu rabenta”, logo partiram baldes, vassoras, até o pequeno arvore de Natal e outras mais que apareceram pela frente.
A PN já tinha sido accionada por jovens que estavam ensaiando no centro, e prontamente conseguiram deter dois deles. Por ironia um dos jovens ficou também ferido pois ao tentar agredir o Txarles com pedra paralelo esta acabou por atingir um dos seus amigos. É como dizia um outro “cuse ki nu ta fazi é pa nós mé”! o NM ficou de lado, tendo tido uma atitude cobarde pois apesar de não participar activamente tomou distancia da atitude porca dos seus “amigos” e de o que estava acontecendo a pouco metros dele. Temos memoria ainda fresca em Safende do que é que “dexa bai ta da”! O violento não é só aquele que faz mas aquele que permite que a violência aconteça, não esqueçamos!
A informação já tinha sido espalhada pelo bairro e começaram a chegar pessoas boquiabertas, hora revoltadas, hora tristes que diziam “porquê”? Muitos vinham e não diziam nada apenas mostravam olhar de não querer acreditar. Claramente cada um sentia-se pessoalmente agredido pois o Espaço é nosso. Mostravam-se sempre solidário com o Espaço Aberto e Txarles em particular. Destaque-se a atitude do Txarles que limitou-se proteger a si e ao nosso património com frieza e firmeza evitando que a violência tomasse conta por completo da situação e que hoje talvez esse texto pudesse estar a falar de alguém em São Martinho e na Varzea..
Este informativo ainda está aberto para dar a oportunidade a pessoas, mesmo os envolvidos, que têm versão diferente para virem contar a sua pois, mantemo-nos fiel aos nossos valores - o respeito pela pessoa humana. Defendemos e protegemos os nossos cidadãos de Safende. Sabemos claramente que existem mais jovens em Safende e que este comportamento não é nem de longe o comportamento padrã do jovem de Safende. De igual forma, não podemos calar perante esse acto de tamanha irresponsabilidade e que nos envergonha a todos.
O mau exemplo deste Sábado mostra o quanto ainda falta crescer a certas pessoas mas também como uns poucos tentam destruir o que se conseguiu com suor e trabalho e que serve muitos em Safende. Crianças, adolescentes, jovens, idosos e Praia em geral. Não se pode pedir mais do que justiça, aquela justiça que precisamos para se ter paz - que é de todos e de cada um.