Por esta hora os iluminados da nação (penitencio-me perante os não iluminados)
estão a explicar a nós os outros o estado da nossa nação ou para quem queira a
não-acção do nosso estado.
Cabo verde é amarelo; é bom ser amarelo. O amarelo do sol
que nasce para todos e brilha para todos; o amarelo do milho que farta o povo;
o amarelo a cor da agua nas torneiras nos ghetos também; o amarelo do amarelar
das polpas na pedra do desemprego. Viva o amarelo!
Cabo verde é vermelho; é bom ser vermelho. O vermelho da
autoridade e do respeito; o vermelho do amor pelo povo principalmente quando
vote em mim; o vermelho da sede do poder (agu sta amarelo); o vermelho do
sangue dos inocentes que caíram, que derrubados (ninguém atirou a primeira
pedra!). Viva o vermelho!
Cabo verde é azul. É bom ser azul. O azul da imensidão do
mar e do tamanho do céu que juntos não igualam tamanha ignorância de nós o povo
que fica e está satisfeito com os festivais de veron, festival de cocktails (isto
será tema do próximo post) aceitando curvar ante sol pa badja e sangue ta
spadja.
Tem lugar para mais cores…aceitas o desafio de” restan dama”?
Imagem: Net
Texto: Dino
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Texto: Dino