quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dia Internacional do Migrante, 18 de 2012


A comemoração do Dia Internacional do Migrante, 18 de 2012, deu comigo fora de “nos Cabo Verde de Speransa”. Não sou migrante clássico, mas estou a sentir estrangeiro! Estou em Maputo, Moçambique, onde vim participar na conferência Africana da juventude. Neste momento, que já terminou a conferencia, estou sendo acolhido por uma família moçambicana e está sendo uma grande experiencia de fraternidade e acolhimento entre desconhecidos que de repente fazem parte agora de uma só família. Como crente católico não posso nada mais, além de agradecer a Deus por ainda confiar aos seres humanos um coração bondoso. E rezar para que Ele derrame o seu amor infinito a essa família particular bem como a toda a grande família Moçambicana que é um povo alegre apesar de a história recente os fez sofrer com as atrocidades de uma guerra sempre inútil.
 
Segundo dados da ONU, hoje estimam-se 214 milhões de irmãs e irmãos migrantes internacionais no mundo, que vivem fora de seus países de origem. Uma grande parte deles/as enfrentam situações de vulnerabilidade, desprotecção e violações de seus direitos humanos, apesar de suas valiosas contribuições às sociedades de acolhida e a seus próprios países de origem.
 
Um pouco mais de atenção nos faz perceber que há um chamamento quiçá urgente à hospitalidade pois só nos últimos 8 anos o número de migrantes aumentou de 150 milhões, em 2002, para 214 milhões em 2010. Sério, Existem mais 214 milhões de pessoas como eu!
Manos e manas estou longe na distancia mas perto no sentimento e no espirito que nos guia e nos torna "membros da família humana”; por isso é justo a declaração Universal do direitos humanos começar por afirmar que nós os seres humanos, todos: "nascem livres e iguais em dignidade e direitos e, dotados como estão de razão e consciência, devem comportar-se fraternalmente uns com os outros”.
 
Texto: Dino