Samilo Moreira, Caboverdeano a viver
e, Portugal, conhecido por suas opiniões fortes no grupo O púlpito foi buscar uma
entrevista do Paulino Vieira em que o genio protesta contra a falsificação da
musica Cabo Verdeana e no dizer de Samilo “até o RAP é premiado como Musica de Cabo-verde” referindo se ao premiado Batchart pelo CVMA 2013.
Quem logo
gostou e comentou a opinião foi o “non grata” entre os Rappers, Kaka Barbosa e que trazendo a tona o
burburin criado no ano passado ao ter apelidado de xuinga ou papel higiénico o género
musical em apreço, lançou: “Essa falsificação que ele disse esta no conceito de
musica xuinga que eu disse, descartável, para consumir e deitar fora. Não mudo
uma virgula e nem retiro o meu conceito de música, obra, expressão da alma
crioula. Os meus críticos não me impressionam com as suas
"macaquices" gestuais e ritmicos..” É que ao fazer intervenção
logo apos a nomeação o jovem teria dedicado o premio ao Senhor de barba branca
e que usa boina, entendendo todos que se tratava de Kaka Barbosa.
Entendimento outro é defendido por Jose
Ricardo Livramento que diz “Como povo nos apelidamos de Crioulos , de original
temos pouco , somos influências misturadas. O rap não tem nada de mal pelo
contrário deu voz a quem não tinha voz , hoje tal como outros géneros musicais
teve a sua influência comercial e se calhar afastou-se
das suas raízes , mas a isso se chama evolução. Gosto de toda a música Cabo
Verdiana , sejam mornas , coladeiras , funana , rap, rock , hip hop etc .
Dependendo da música claro. Posso gostar de um rap e não gostar de uma morna ,
e vice-versa. Muita gente precisa de abrir os seus horizontes e ser mais
liberal , aceitar a diferença e respeitar os outros. Podem defender o que
consideram música "original" de Cabo Verde , sem atacar os outros
géneros musicais. A isso se chama tolerância , ao que parece falta a muita
gente , independentemente da idade.”
Um jovem Rapper que conversou connosco defendeu que "muitas pessoas ainda não percebem bem e confundem por isso acha que os MCs tem dever de apoiar intervenções que ajudem pessoas a conhecerem melhor esta cultura que sempre existiu e continuará a existir".
Lembra Beto Dias com a sua poesia “nuuuu,
nu vive mas unido”…