domingo, 16 de junho de 2013

Grande Entrevista com Presidente Conselho de Comunidade Católico

 Safende hoje integra a nova paróquia do Sagrado Coração de Jesus  e Safendeonline foi conversar com o Sr José António Pereira, Presidente Conselho de Comunidade Católico. Boa leitura!
SafendeOnline: A comunidade agora está na paróquia do Sagrado Coração de Jesus, desde o dia 07 de junho, como recebeu esta notícia?
José António Pereira: A noticia da criação da Paróquia foi recebida com muita alegria e entusiasmo. A nível da comunidade se não estou a exagerar é a melhor e maior notícia. Sinceramente, estava a contar com este acontecimento mas num longínquo, não agora. Trata-se de uma grande prenda para todo os paroquianos.
 
SO: Quais as suas primeiras palavras ditas ao Pároco, Pe José Eduardo?
JAP: As minhas palavras dirigidas ao Pároco foram, é claro, de felicitações e desejo de uma boa pastoral na paroquia que vai começar do nada, com muito desafios e carências mas também com as suas virtudes.
SO: O que significa para si esta decisão em termos de pastoral de proximidade?
JAP:  Para mim esta decisão da pastoral de proximidade, tomada pelo Bispo desta Diocese, pode significar a interpretação genuína dos mistérios da salvação revelada por Deus aos homens em que Jesus Cristo se encarna e atinge a sua plenitude com a morte, ressurreição e ascensão ao céu. E, por outro lado é a Igreja ao encontro das famílias e dos seus paroquianos pelo que os mesmos devem acolher e envolver-se de corpo e alma, dando a sua colaboração para a construção de uma sociedade mais fraterna e de rosto humano. Estou certo de que doravante vai haver essa entrega dos paroquianos que com o seu pároco mais perto e presente, assumam os desafios e atinjam os objetivos que levaram a criação desta paroquia na evangelização e anuncio da boa nova de salvação para que como Deus quer nenhum ser humano se perca mas sim que todos se salvem. Por isso, apelo a consciencialização e o envolvimento de todos os paroquianos e todos se sintam sua esta paróquia.
 
SO: O Pároco afirmou numa entrevista "Uma paróquia grande e com uma especificidade: engloba bairros que têm muitos problemas sociais. Penso que, em colaboração com ONGs, entidades de caris sociais, vamos dar uma atenção grande a questões sociais." que comentários faz?
JAP: Deveras, há muito trabalho a fazer e muitos desafios a vencer. Não vai ser um trabalho fácil, mas é possível. A Igreja desde as origens sempre escolheu os humildes e os fracos. Jesus mesmo dizia: não são os médicos que precisam dos doentes mas sim os doentes dos médicos. Disse ainda que veio para os pobres, para os aleijados e coxos e os pecadores. Portanto, os problemas desta recém-criada paroquia não são diferentes das demais. As ONG,s quem são? Por ventura não fazem parte dos paroquianos? Acho que sim. Portanto, todos, sem exceção, devemos abraçar a causa e trabalhar. Ninguém deve ficar de fora. Tomemos isto como causa nossa. Somos uma só família. Filhos de um mesmo Pai, irmãos de Cristo que morreu para resgate de todos e guiados pelo mesmo Espirito Santo prometido por Jesus antes de partir para o céu. Formamos um corpo. Cada um com a sua especificidade e função mas nem por isso deixemos de fazer parte do sistema. Daí vem a afirmação do pároco. Certamente, aliás fica expressa na sua entrevista a vontade de ter o envolvimento e a parceria de todos.
 
SO: Que desafios a comunidade de Safende vai apresentar ao novo pároco?
JAP: Dizia o nosso Bispo numa das suas homilias que o desafio da Igreja é ir atras das ovelhas perdidas. E Jesus dizia a Pedro, segue-me, isto é, o discípulo vai atras do Pastor.  Nós não vamos apresentar desafios ao pároco, mas vamos colaborar com ele para uma pastoral deveras de proximidade. Espero que ele vai ter a oportunidade de conhecer e de estar perto de todos e com na paroquia e em particular na nossa comunidade.
 
SO: Que mensagem para a comunidade e os católicos em particular?
JAP: A minha mensagem é que tenhamos todos a consciência de pertença desta paroquia, envolvemo-nos e entreguemo-nos de todo coração nas actividades e no trabalho de envangelização. Não sejamos cristãos pela metade, mas sim por inteiro, isto é, cristãos em todos os lugares e em toda parte. Procuremos entender e viver a fé católica no estudo e no ensino da bíblica e do catecismo. Não deixar a Igreja de Cristo para ir atras das ilusões e procurar Deus onde poderá não encontrá-lo. Aprimorar mais na nossa formação cristão e académica. Darmos atenção a nossa formação integral ou seja não preocupar somente em ter uma formação para termos uma boa profissão mas também formar para nossa vida espiritual. Que olhemos em cada irmão o rosto e a imagem de Cristo e saibamos dar sempre uma mão aqueles que precisam. Saibamo-nos respeitar o outro e os seus bens. Tenhamos garras e tenacidade para lutar sem enfraquecer. E sobretudo nunca desanimar e ter sempre confiança em Deus. Nunca deixar-se vencer pelo fracasso.