Comemora-se hoje, quinta-feira, 11 de Julho, O Dia
Mundial da População, instituído em 1989 pelo Conselho de Governadores do
Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.
A data foi
inspirada devido ao interesse público, em 1987, ano em que a população mundial
atingiu cinco biliões de pessoas.
Mais de 140 países
em todo o mundo comemoram esta data, que enfatiza a importância do planeamento
familiar para o bem-estar das famílias, comunidades e nações e ressalta a
necessidade de maior integração desses serviços aos planos nacionais de
desenvolvimento.
A actual população
mundial é de sete biliões de pessoas e pode chegar a nove biliões em 2050, de
acordo com a ONU. O tema deste ano para este Dia é “Acesso Universal aos
Serviços de Saúde Reprodutiva”, (um desafio nosso, em Safende!) que visam
destacar o papel essencial que a saúde reprodutiva desempenha na criação de um
mundo justo e equitativo.
“Trabalhar para a sobrevivência e para o bem-estar das
mulheres e meninas é um imperativo dos direitos humanos. E para aproveitar o
pleno potencial das mulheres no desenvolvimento das suas nações, elas devem ser
capazes de planear as suas vidas e as suas famílias”, disse o Director
Executivo do Fundo da ONU para as Populações (UNFPA), Babatunde Osotimehin, na
sua mensagem a propósito deste Dia. “É por isso que a comunidade internacional
está determinada a tornar o acesso universal à saúde reprodutiva numa prioridade”.
Segundo a UNFPA, os problemas de saúde reprodutiva
continuam a ser principal causa de doença e de morte em mulheres em idade
fértil em todo o mundo. Perto de 222 milhões mulheres gostariam de evitar ou
atrasar a gravidez devido à falta de planeamento familiar eficaz, enquanto que
cerca de 800 mulheres morrem todos os dias em trabalhos de parto.
Osotimehin disse que, ajudando a dar respostas às
necessidades destas 222 milhões de mulheres, iria ajudar a prevenir 21 milhões
de nascimentos não planeados, a ajudar a prevenir 79 mil mortes maternas e 1,1
milhão de mortes infantis.
Além disso, ele disse que cerca de 1,8 mil milhões de
jovens estão a entrar em idade reprodutiva, muitas vezes sem os conhecimentos,
capacidades e serviços de que necessitam para se protegerem – e as suas
necessidades e os direitos humanos devem ser tratados com urgência.
“Temos também de prestar especial atenção às necessidades
específicas dos jovens – particularmente raparigas adolescentes. Complicações
na gravidez e de parto são hoje relatados como sendo a principal causa de morte
entre raparigas entre os 10 os 19 anos, na maioria dos países em
desenvolvimento, enquanto que as maiores taxas de doenças sexualmente
transmissíveis estão entre os jovens com idades compreendidas entre os 15 e os
24 anos”, disse o chefe da agência da ONU diz.
Acrescentou ainda que o planeamento familiar é um direito
humano básico, no entanto “continua a ser insignificante, a menos que exista
acesso a métodos contraceptivos, informação e a serviços que lhes permitam
exercer esse direito”.