terça-feira, 10 de setembro de 2013

“Lembrei-me dos tempos que eu era jovem activista…gostaria realmente de ser outra vez activista”, disse a Sra. representante das Nações Unidas em Cabo Verde, na visita a Safende


Numa breve visita ao Espaço aberto Safende, conversamos com a Representante das Nações Unidas em Cabo Verde. Num clima bastante amigável e de cumplicidade, durante o encontro partilhamos ideias com uma senhora que exala humanismo e ao ouvir os diversos aspectos da nossa intervenção comunitária confessou nos “lembrei-me dos tempos que eu era activista…gostaria realmente de ser outra vez activista”. Acompanhe a pequena conversa final.

Durante visita ás instalações do EAS
SafendeOnline: A senhora acaba de visitar o bairro, o que significou para si?
Ulrika Richardson: Eu cheguei a Cabo verde em Março. Então para mim é importante conhecer Cabo Verde, Santiago, Praia, para conhecer melhor as pessoas. A realidade aqui, este é um bairro que eu vejo que há muitos desafios. Falamos muito do desemprego, das habitações precárias, falamos da protecção das crianças, e isto é muito importante, do trabalho com os jovens, todas as acções e actividades que vocês fazem realmente é muito importante. Eu como pessoa, também como representante das Nações Unidas, o trabalho social para mim tem um valor fundamental numa sociedade.

SO: O que dirias aos jovens e a essa comunidade tendo os desafios que enfrenta?
UR: Ser jovem nunca é fácil, e há muitos desafios…muitas dificuldades em ser jovem. Mas eu diria a um jovem, eu tenho um filho de 19 anos e não faz tanto tempo que eu era jovem, dizia, eu diria a um jovem para tentar ter uma boa educação; evitar drogas, evitar todo o tipo de abuso; para tentar engajar se na comunidade; para ser um bom amigo, uma boa amiga e tentar partilhar conhecimentos com outros, partilhar como vocês fazem todos os voluntários aqui. Por exemplo há alguém aqui que é bom em boxe e vocês estão a organizar escola de boxe, isto é uma contribuição para a sociedade, é muito importante. Portanto isto seria minha recomendação para mulheres e homens jovens.
Post no safende di nos da entrevista, em que falava do crescimento com inclusão 

SO: Depois de ouvir estas iniciativas o que é que sentiu já que foi activista?
UR: (Risos) Eu realmente gostaria de ser outra vez uma activista. Bem trabalhar nas Nações Unidas me possibilita continuar engajada em temas sociais. Tentar trabalhar para que vida de todas as comunidades, bairros seja melhor. Eu estou muito impressionada com essa visita, com o trabalho que estão a fazer, que é muito, muito importante. Veramente vos felicito muito, fiquei impressionada e na verdade e me lembrei do tempo que eu era jovem activista.

SO: Como é que as Nações Unidas podem colaborar para este processo?
UR: Agora estamos a começar uma colaboração com muitas organizações civis, ONG para reforçar organizações e centro como este para ter capacidades mais fortes em mobilizar jovens, novas actividades e como organizar se melhor, para ser mais eficiente e mais forte. Queremos também dar uma oportunidade de partilha de conhecimentos, vocês conhecem já muito, é importante, talvez haja algo que vocês já conhecem e que outras organizações não conhecem, então queremos facilitar essa partilha.