terça-feira, 24 de dezembro de 2013

7 MARAVILHAS QUE ERA PARA SER DE CABO VERDE

Sem fazer desmerecer a iniciativa, quero muito humildemente, deixar aqui lavrar o meu desabafo sobre o resultado da votação final em Mindelo (20 de Dezembro/2014). Cabo Verde é, naturalmente, um conjunto de ilhas separadas por águas do mar. Estas separações lhe conferem o grau de arquipélago, conjunto de ilhas, que de per si, são diferentes, quer nas suas estruturas naturais, culturais e sociais.

Não obstante, estas divergências há outros elementos que são convergentes, que enformam este lindo país, constituído por ilhas e ilhéus, cujas universidades se encontram nas diversidades. Porém, dizer-se que este país é homogéneo seria uma aberração de todo tamanho, mas também dizer que, sem critérios técnicos e científicos claros, que tal ilha possui um bem natural ou cultural, mais importante que outro, desta forma, também me parece, que seria demonstração de um desconhecimento da nossa realidade. Pois, fiquei um pouco espantado, quando soube através da comunicação social (RTC), que ilhas como Santo Antão, Santiago, Maio e Brava, não tiveram nenhuma representação na lista das 7 maravilhas de CV.

Sem esgrimir aqui as minhas razões técnicas, por desconhecimento total dos critérios e dos júris formados para o efeito, deixo aqui a minha estranheza do resultado apresentado e peço, encarecidamente, à comissão que reanalisem os critérios e reavaliem os métodos nas escolhas das pessoas que compuseram o júri, pois, a julgar pelos resultados, facilmente, se conclui que algo falhou.

Tratando-se de sítios ou monumentos que constituem o património natural e cultural deste país, pergunta-se: os critérios foram elaborados pelos especialistas dos Ministérios do Ambiente e Ordenamento do Território, do Desenvolvimento Rural, do Turismo e da Cultura? E os júris foram escolhidos com que critérios? Após a obtenção destas respostas faria, seguramente, outra análise, mas, como não as tenham aqui e agora, só me resta, chorar sobre o leite derramado.
Saudações natalícias.


MARTINHO BRITO - Especialista em gestão do património natural e cultural - IPC

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