quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Educação em Safende em tempos da pandemia - Uma reportagem de Eunice Marlize Borges


As aulas presenciais arrancaram esta segunda feira no município da Praia, com cerca de 30 mil alunos e mais de 2 mil professores, de acordo com as declarações à rádio pública da Diretora Nacional de Educação, Eleonora Sousa.

O início de mais um ano letivo vem quebrar a calma das férias e acelerar uma rotina dos crianças, pais e professores. Estes últimos, assim como os médicos e enfermeiros também estão na linha da frente diante da pandemia do novo coronavírus. No Bairro Amado, Safende não é diferente: gestor e professores se deparam com uma situação inédita que requer soluções que ainda não se conhece bem.

 

O Gestor do EBI em Safende, Domingos Tavares, considera que a escola está preparada para o início das aulas, visto que, foram adotadas todas as condições essenciais para o combate ao novo coronavírus, desde a lavagem das mãos com água e sabão, desinfeção das mãos com álcool e gel e a limpeza está de uma forma formidável. Este responsável acrescenta que acharam por bem que é seguro iniciar as aulas para uma maior produtividade.

Por outro lado, Domingos Tavares referiu como desafio deste ano letivo, além da pandemia, o medo que se nota nos pais idealizando que não é seguro ter os seus filhos fora de casa. O mesmo dirigente apela aos pais e encarregados de educação, a apostar em mais dinamização e preocupação em orientar os alunos em casa, e assim todos os objetivos serão alcançados entre pais e encarregados de educação.



A direção da escola do Campo aproveita para agradecer o Senhor Santos Barreto, que ajudou de uma forma muito significativa a pontificar alguns desafios da escola de Safende neste momento.

E quando se fala em ensinar, estimular e orientar, vale lembrar do gratificante trabalho do professor, aquele que ensina, e o ser essencial para o a formação do conhecimento. Afinal todas as áreas do conhecimento humano dependem do professor para serem aprendidas.



Deste modo a professora Elsa Semedo, que leciona aos alunos do quarto ano da escola do EBI ressalta a sua preocupação e a importância da educação em si.

“Esta situação da pandemia levou a muitos constrangimentos para o início das aulas principalmente as aulas que foram adiadas e a divisão da turma em dois grupos”.

A professora apontou os desafios que os professores encontram em dar aulas com o uso das máscaras desfantasiando tanto os professores na transmissão como os alunos na aprendizagem da matéria.

Encarregados de educação afirmam que não tiveram dúvidas sobre mandar os seus filhos para a escola quando foi determinada a retoma.

 A encarregada de educação Sonia Tavares moradora do Alto Safende, considera que “as aulas devem iniciar, porque se não as nossas crianças irão ficar atrasadas, lembrando do cuidado que devemos tomar e todo o cuidado é pouco, no entanto devemos aprender a conviver com o vírus porque a vida continua. Deus vai nos proteger”. Nesta linha a sua filha Neyma Tavares com apenas 8 anos, diz estar a gostar do início das aulas, mas ciente que tem que usar a máscara, desinfetar as mãos e estar distante das outras pessoas.

 A enfermeira Sara Semedo que a pedido da escola do EBI ajudou no acolhimento as crianças, notou da parte da gestão da escola a preocupação de controlar e organizar para que de fato, os alunos entrem na escola em ordem e assegurar que todas as mesas estejam separadas e que as crianças usem as máscaras.

A enfermeira conta que as crianças estão atentas para cuidar porque existe um vírus e notam que as mesas encontram separadas umas das outras. Sara sublinhando a atenção nas crianças “A respiração nas crianças é diferente dos adultos e o uso da máscara pode provocar falta de ar, fadiga ou ansiedade, portanto, todas as crianças devem levar a sua água e beber frequentemente”.

A pandemia de Covid-19 fez com que professores, crianças e encarregados de educação de todo o país mudasse de rotina. Entretanto cabe lembrar que sem a educação, torna-se impossível adquirir o equilíbrio, tanto no desenvolvimento pessoal como profissional. 

Eunice Marlize Borges