As aulas
presenciais arrancaram esta segunda feira no município da Praia, com cerca de
30 mil alunos e mais de 2 mil professores, de acordo com as declarações à rádio
pública da Diretora Nacional de Educação, Eleonora Sousa.
O início de mais
um ano letivo vem quebrar a calma das férias e acelerar uma rotina dos
crianças, pais e professores. Estes últimos, assim como os médicos e enfermeiros
também estão na linha da frente diante da pandemia do novo coronavírus. No
Bairro Amado, Safende não é diferente: gestor e professores se deparam com uma
situação inédita que requer soluções que ainda não se conhece bem.
O Gestor do EBI em
Safende, Domingos Tavares, considera que a escola está preparada para o início
das aulas, visto que, foram adotadas todas as condições essenciais para o
combate ao novo coronavírus, desde a lavagem das mãos com água e sabão,
desinfeção das mãos com álcool e gel e a limpeza está de uma forma formidável.
Este responsável acrescenta que acharam por bem que é seguro iniciar as aulas
para uma maior produtividade.
Por outro lado, Domingos Tavares referiu como desafio deste ano letivo, além da pandemia, o medo que se nota nos pais idealizando que não é seguro ter os seus filhos fora de casa. O mesmo dirigente apela aos pais e encarregados de educação, a apostar em mais dinamização e preocupação em orientar os alunos em casa, e assim todos os objetivos serão alcançados entre pais e encarregados de educação.
A direção da escola do Campo aproveita para agradecer o Senhor Santos Barreto, que ajudou de uma forma muito significativa a pontificar alguns desafios da escola de Safende neste momento.
E quando se fala
em ensinar, estimular e orientar, vale lembrar do gratificante trabalho do
professor, aquele que ensina, e o ser essencial para o a formação do
conhecimento. Afinal todas as áreas do conhecimento humano dependem do
professor para serem aprendidas.
Deste modo a
professora Elsa Semedo, que leciona aos alunos do quarto ano da escola do EBI ressalta
a sua preocupação e a importância da educação em si.
“Esta situação da
pandemia levou a muitos constrangimentos para o início das aulas principalmente
as aulas que foram adiadas e a divisão da turma em dois grupos”.
A professora apontou os desafios que os professores encontram em dar aulas com o uso das máscaras desfantasiando tanto os professores na transmissão como os alunos na aprendizagem da matéria.
Encarregados de
educação afirmam que não tiveram dúvidas sobre mandar os seus filhos para a
escola quando foi determinada a retoma.
A encarregada de educação Sonia Tavares
moradora do Alto Safende, considera que “as aulas devem iniciar, porque se não
as nossas crianças irão ficar atrasadas, lembrando do cuidado que devemos tomar
e todo o cuidado é pouco, no entanto devemos aprender a conviver com o vírus
porque a vida continua. Deus vai nos proteger”. Nesta linha a sua filha Neyma
Tavares com apenas 8 anos, diz estar a gostar do início das aulas, mas ciente
que tem que usar a máscara, desinfetar as mãos e estar distante das outras
pessoas.
A enfermeira Sara Semedo que a pedido da escola do EBI ajudou no acolhimento as crianças, notou da parte da gestão da escola a preocupação de controlar e organizar para que de fato, os alunos entrem na escola em ordem e assegurar que todas as mesas estejam separadas e que as crianças usem as máscaras.
A enfermeira conta que as crianças estão atentas para cuidar porque existe um vírus e notam que as mesas encontram separadas umas das outras. Sara sublinhando a atenção nas crianças “A respiração nas crianças é diferente dos adultos e o uso da máscara pode provocar falta de ar, fadiga ou ansiedade, portanto, todas as crianças devem levar a sua água e beber frequentemente”.
A pandemia de Covid-19 fez com que professores, crianças e encarregados de educação de todo o país mudasse de rotina. Entretanto cabe lembrar que sem a educação, torna-se impossível adquirir o equilíbrio, tanto no desenvolvimento pessoal como profissional.
Eunice Marlize Borges