Empoderamento da delinquência - uma artigo de opinião de Eunice Marlize Borges
A delinquência e criminalidade juvenil não
constitui uma inquietação só para mim, mas também para a sociedade
Cabo-verdiana em geral, nos comportamentos antissociais praticados por menores
que presencio no meu país principalmente em cidade da Praia.
Não podemos desejar uma juventude de
qualidade se não repensarmos nos desafios presentes ou identificar o que a
nossa sociedade tem de os oferecer.
Maioria dos delinquentes são emocionalmente doentes, e não são pessoas más, em que um dos motivos das causas dessa doença emocional é a falta de figura paterna ou alguém que acompanhe na sua socialização, educação formação e entre outros aspectos.
Uma das razões pelas que a delinquência atinge sua máxima frequência é que, nesta época, muitos jovens são capazes de aprender, auto educarem, deixados por si mesmos, sem o auxílio de pais, assim, uma infância e adolescência vivida na mais completa miséria, a instabilidade afetiva na qual a população Cabo Verdiana não conhece e maioria das vezes nem preocupam com essa questão de dar afeto e carinho aos filhos, a educação nem sempre é a mais adequada por via de pauladas e tapadas e nada de diálogo. O que mais se nota no meu bairro são jovens desempregados e alguns de família numerosa sem condições e sem ocupação. Contudo acabam por desviar por outros caminhos. Embora a delinquência continua unida à miséria, sua prática estendeu-se ultimamente aos grupos sócio econômicos médios e altos, portanto é visível que não podemos associar a delinquência a pobreza.
A delinquência atinge, seu ponto máximo entre os 13 e 15 anos de Idade, pois, é um período no qual o menor tende particularmente a se relacionar com os outros rapazes da mesma idade na qual sente desafiado a praticar tudo o que os outros fazem para sentir igual aos outros e a sociedade Cabo Verdiana vive em uma geração em que existe festas “ limitais” incluindo bebidas e muitas vezes drogas.
A violência é uma consequência da falha.
Isto não significa reduzir a responsabilidade de cada um. Deve se fazer a
educação e a capacitação de crianças com antecedência tendo em vista as
competências pessoais e sociais. No que diz respeito aos pais, devem impor
limites as crianças definindo hora de chegar em casa, de dormir, de brincar,
com o tempo cada um sabe desde cedo dos seus direitos e suas obrigações, os
educadores têm de esvaziar a forma de passar ideias aos filhos de que meninas
brincam de bonecas e identificam se com rosa e nada de azul, e passar para os
rapazes de que devem brincar de heróis e lutas
e no final, as meninas estão programadas para obedecerem ,enquanto os
rapazes são donos das suas vidas eles é quem mandam eles sempre são educados de
uma forma mais liberal, de lembrar que atualmente existem também muitas meninas inseridas dentro da delinquência .