sexta-feira, 30 de julho de 2021

Batuque nas Comunidades comemora se no dia 31 de julho, também no bairro de Safende


 

Para comemorar o dia Nacional do Batuque, a Câmara Municipal da Praia programa o “Batuco nas Comunidades” no dia 31 julho pelas 17 horas ao Lado da kaza Damizadi, com as batucadeiras  de Safende e no Espaço Aberto de Safende com o grupo Cimboa.

O batuque caracteriza-se por ter um andamento moderado, um compasso de e tradicionalmente ser apenas melódico, isto é, ser apenas cantado, sem acompanhamento polifónico. Comparado com os outros géneros musicais de Cabo Verde, o batuque estrutura-se no canto-resposta, e é o único que apresenta uma polirritmia. De facto, ao analizar o ritmo, descobre-se que o mesmo é uma sobre posição de um rítmo de 3 tempos sobre um ritmo de 2 tempos. 

O batuque na sua forma tradicional, o batuque organiza-se como se fosse um crescendo orquestral. Tem dois movimentos (se é que se pode chamá-los assim)

Antigamente, a introdução da peça musical era feito com o instrumento cimboa (cordofone da família dos alaúdes), que fornecia a linha melódica base, mas atualmente o seu uso está praticamente extinto.

Já a cimboa que também é conhecida por cimbó é um instrumento musical originário de Cabo Verde. Trata-se de um cordofone friccionado que era tradicionalmente utilizado para acompanhar as danças de batuque.

Assim, é de lembrar, que ela é constituida pelo instrumento propriamente dito e por um arco. O instrumento pertence à família dos alaúdes, e como tal possui um braço ligado a uma caixa de ressonância. A caixa é feita a partir de uma cabaça, ou quando esta é difícil de encontrar, de coco, com um tampo harmónico de pele de cabrito esticada, fixa através de varetas de caniço. A partir da caixa sai um braço fabricado com uma madeira flexível. Na extremidade desse braço encontra-se uma cravelha de mogno para afinar a única corda do instrumento, que está tendida entre uma pestana incrustada no braço e um cavalete situado sobre o tampo harmónico.

 Rita Ramos/Marlize Borges.