Maria
Tavares é uma vendedeira , há 22 anos. Ela é a chefe de familia, e a única que
trabalha em sua casa, têm duas filhas, três sobrinhas,e os pais para sustentar,
no momento vende bolachas em sucupira.
Ela
já vendeu de tudo um pouco, palhas, esteiras, frutas, produtos higiénicos e
alimentícios. Justifica que já vendeu de
tudo um pouco a procura de algo que lhe
dê mais ganho, para poder lhe ajudar nas despesas da casa.
Segundo
a D. Maria à vida de uma vendedeira não é nada fácil, muito pelo contrário é
muito exausta e cheia de injúria. “Temos que correr atrás dos transporte a pedir
pessoas para negociar, muitas vezes eles nem respondem, vendemos baixo do sol,
no meio dos bandidos dentro da guerra e de tudo um pouco.”
Ela
justifica que não vende dentro do mercado porque a venda é mais fraca, e que
são poucas pessoas é que entram lá a procura dos produtos devido o aperto do
local, que não chega para todos, para além disso na rua é que há mais movimento de pessoas para lhes comprar os
produtos.
Ela
realçou que a venda está fraca, que muitas vezes retira o dinheiro para comprar
alimentos para comer com a familia, e que no outro dia tem que tomar negócios fiado para depois pagar, porque fica com pouco dinheiro. Disse
ainda que muitas vezes as pessoas lhe toma os produtos fiado, e nunca mais a paga.
“
Fico de pé, e corro dos fiscais de manhã á tarde. Eles estão a fazer os seu
trabalho ou seja estão a cumprir a ordem do chefe, mas muitos exageram. Agridem
nos e tomam os produtos, mas eu nunca fui agredida. Quando há presença dos
fiscais fico com os produtos nas mãos ou na cabeça, e na ausência deles coloco
os no chão, por questão do respeito” remata D. Maria.
Claudia Moreira