quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

CRÔNICA: Natal e a Pandemia

 

É quinta feira, e o ano se termina, mais 365 dias praticamente todos vividos e nesse tempo existe as tradicionais confraternizações natalinas e as comemorações festivas de fim de ano, e neste tempo, também se conta com a corrida para compra de presentes. Porém, no meio dessas festividades, lembramos que são as primeiras em meio à pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.



 

Todos os finais de novembro, os enfeites anunciam que o Natal se aproxima. No espírito natalício, luzes de todas as cores, árvores de natal luminosas, pais de natal, renas, coroas, estrelas e a magia das decorações. O Natal está nas ruas do País na forma de luzes e na confraternização das pessoas, como demonstram moradores com suas casas enfeitadas e conferindo a iluminação das vias, prédios públicos e edifícios nos bairros.

 

O Natal é e sempre será uma época do ano muito especial, rodeada de magia e propícia à intensidade de sentimentos, à qual ninguém consegue ficar indiferente.

Sendo a época de reunião da família por excelência, torna-se uma data muito dolorosa quando começam a faltar as pessoas que amamos, à mesa dada famosa ceia.

 Entretanto a vida é uma descoberta constante. É um mistério..., as evoluções, a volta e a revolta que o mundo dá, no entanto, nunca chegaram à maior de todas as doenças que parou o mundo, que fechou as fronteiras, que nos limita a beijara a abraçar os nossos filhos e a quem amamos. Quem imaginaria que em pleno ano de 2020, somos obrigados e limitados, tudo por causa de uma única doença. Maldita pandemia.

Cada vez entendo menos este nosso mundo, doido e ao mesmo tempo perfeito.

Este ano, particularmente devido à pandemia que assola o mundo, o Natal será, de fato, vivido de forma diferente por todos, provavelmente respeitando as medidas. Se para uns será uma época de mais esperança, de ainda mais união com os próximos e de solidariedade, para outros imagino que será vivida com amargura, tristeza e preocupação. As dificuldades económicas, a incerteza vivida, a ausência da família, o receio da doença ou mesmo a falta de saúde, o cansaço e o desgaste psicológico que as limitações desta crise pandémica têm provocado nas pessoas, poderão ensombrar este Natal e os anos seguintes.

 Acredito que mais de que nunca, talvez esta seja a altura de repensarmos no verdadeiro significado do Natal, da vida e do próximo. Independentemente da crença religiosa.

 Muito mudou nas nossas vidas com esta pandemia e para muitos de nós esta tem sido uma época de reflexão, de revisão das prioridades, de definir aquilo que efetivamente nos faz mais falta, de nos redescobrir.

 

Contudo, este é um ano diferente, cheio de restrições e sacrifícios, tudo em prol de um bem comum, a saúde.e nem todos os nossos hábitos ou rituais poderão ser feitos.

 

                                                             EMarlize Borges