Numa breve visita
ao Espaço aberto Safende, conversamos com a Representante das Nações Unidas em
Cabo Verde. Num clima bastante amigável e de cumplicidade, durante o encontro
partilhamos ideias com uma senhora que exala humanismo e ao ouvir os diversos
aspectos da nossa intervenção comunitária confessou nos “lembrei-me dos
tempos que eu era activista…gostaria realmente de ser outra vez activista”. Acompanhe
a pequena conversa final.
Durante visita ás instalações do EAS |
SafendeOnline: A senhora acaba de visitar o
bairro, o que significou para si?
Ulrika
Richardson: Eu cheguei a Cabo verde em Março. Então para mim é importante
conhecer Cabo Verde, Santiago, Praia, para conhecer melhor as pessoas. A
realidade aqui, este é um bairro que eu vejo que há muitos desafios. Falamos
muito do desemprego, das habitações precárias, falamos da protecção das
crianças, e isto é muito importante, do trabalho com os jovens, todas as acções
e actividades que vocês fazem realmente é muito importante. Eu como pessoa, também
como representante das Nações Unidas, o trabalho social para mim tem um valor
fundamental numa sociedade.
SO: O que dirias aos jovens e a essa comunidade
tendo os desafios que enfrenta?
UR: Ser jovem nunca
é fácil, e há muitos desafios…muitas dificuldades em ser jovem. Mas eu diria a
um jovem, eu tenho um filho de 19 anos e não faz tanto tempo que eu era jovem,
dizia, eu diria a um jovem para tentar ter uma boa educação; evitar drogas,
evitar todo o tipo de abuso; para tentar engajar se na comunidade; para ser um bom
amigo, uma boa amiga e tentar partilhar conhecimentos com outros, partilhar como
vocês fazem todos os voluntários aqui. Por exemplo há alguém aqui que é bom em
boxe e vocês estão a organizar escola de boxe, isto é uma contribuição para a sociedade,
é muito importante. Portanto isto seria minha recomendação para mulheres e homens
jovens.
Post no safende di nos da entrevista, em que falava do crescimento com inclusão |
SO: Depois de ouvir estas iniciativas o que é que
sentiu já que foi activista?
UR: (Risos) Eu
realmente gostaria de ser outra vez uma activista. Bem trabalhar nas Nações
Unidas me possibilita continuar engajada em temas sociais. Tentar trabalhar para
que vida de todas as comunidades, bairros seja melhor. Eu estou muito
impressionada com essa visita, com o trabalho que estão a fazer, que é muito,
muito importante. Veramente vos felicito muito, fiquei impressionada e na
verdade e me lembrei do tempo que eu era jovem activista.
SO: Como é que as Nações Unidas podem colaborar
para este processo?
UR: Agora estamos
a começar uma colaboração com muitas organizações civis, ONG para reforçar organizações
e centro como este para ter capacidades mais fortes em mobilizar jovens, novas actividades
e como organizar se melhor, para ser mais eficiente e mais forte. Queremos também
dar uma oportunidade de partilha de conhecimentos, vocês conhecem já muito, é importante,
talvez haja algo que vocês já conhecem e que outras organizações não conhecem, então
queremos facilitar essa partilha.