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terça-feira, 22 de maio de 2012

Publicado por SAFENDEONLINE | 18:49

Carlos

Nas vésperas de mais um Aniversario da Associação Solidária para o Desenvolvimento de Safende e do II fórum Pensar Safende, Safendeonline teve uma conversa com Carlos Barros, presidente da ASDS. Acompanhe!

“Estamos todos de parabéns, fizemos uma caminhada muito boa, precisamos continuar esta caminhada que com certeza deixaremos um Safende muito melhor (…)”
Safendeonline: Apresente a ASDS
Carlos Barros: A ASDS é a associação solidária para desenvolvimento de safende, constituída por membros que contribuem de forma voluntaria, sem fins lucrativos para promover o desenvolvimento local de Safende. Surgimos em 2008, pensando que podemos dar nosso contributo. Estamos celebrando 4 anos de existência. Quatro anos de voluntariado e associativismo.

So- nesses quatro anos o que considera os maiores ganhos
CB- Conseguimos mobilizar boa parte de Safendenses e mentalizamos pessoas a criar  o espírito de pertença ao bairro. Também ganhos concretos para safende através de relações com entidades e instituições com vocação para trabalhar com o bairro, em que o espaço Aberto  e o exemplo mais vibrante. Ter nossa sede através de uma parceria com um morador penso ser um ganho importante importantíssimo.

So- maiores desafios
CB- Desafios são muitos por exemplo a mobilização para uma verdadeira participação de muitas pessoas que tem capacidades e muitas competências que podem ser colocados a bem do bairro. Como somos voluntários também tem o problema de actuação mais contínuo. Há ainda o desafio de recursos financeiros tendo em conta a expectativa que já criamos nas pessoas em Safende. Isto poderemos ultrapassar através de micro projectos sem esquecer também projectos mais grandes que podem ser de um ano ou dois anos.

Mensagem no evento Safende Marcha pa Paz
SO-  Focou o desafio de mobilização de pessoas. O que a ASDS pensa fazer para  vencer esse desafio?
CB- Algumas iniciativas… campanhas porta a porta, mas também nos pequenos locais onde normalmente acontecem encontros informais de pessoas. Mas também pensamos  fazer distribuição em massa de um desdobrável da ASDS convidando as pessoas a aderirem e interessarem mais para essa causa que é Safende di nos.


SO-Safende com 6000 pessoas, como vencer o desafio de comunicação com o bairro?
CV- Estamos na net através do FACEBOOK e do BLOG, mas nem todos tem acesso. Comunicamos também através de cartazes mas também não chega a todos. Penso que temos duas coisas que devemos fazer: Jornal impresso que pode chegar a todas as casas e Placard que devidamente localizadas pessoas saberão que qualquer novidade estará ali. Penso também numa rádio comunitária, mas de momento poderemos aproximar da rádio Ponta d´Agua e conseguir horas semanais sobre Safende.

SO- quem tem sido os parceiros do bairro?
CB- O espaço aberto Safende e um parceiro de peso da ASDS, sempre próximo  e o que se deseja mesmo para qualquer Associação comunitária. Uma Instituição como a ASDS tem de contar muito com os seus parceiros tendo em conta os desafios que enfrenta. Temos neste um parceiro importante que é a SOLMI, mas trabalhamos mais ou menos regularmente com a Verdefam, Morabi, AZM, Plataforma, ICIEG, Citi Habitat, CMP. Com a SOLMI temos um contrato o que garante ser um parceiro estável. Temos um morador que nos cedeu sua casa em que funciona a SEDE da ASDS que é algo fantástico. Um outro importante parceiro é a comunidade de Santegidio, uma ONG internacional, que vem actuando no bairro na promoção da cultura da Paz mesmo antes da ASDS ter existido.

SO-Como tem sido a aproximação com os decisores públicos?
CB- Penso que precisa de uma abordagem mais de proximidade.  Normalmente as Associações surgem devido a necessidade e problemas comuns que sentem enquanto vivem no bairro. Conhecem o bairro as capacidades e potencialidades. Logo se se quiser trabalhar aqui tem obrigatoriamente que passar pela associação se quiserem que a acção seja a mais correcta e com resultados.

SO- Existe uma boa pratica que é o orçamento participativo…
CB- Acho que em Safende estamos preparados para se fazer esse tipo de actuação. Evoluímos nesse últimos tempos e temos uma dinâmica já construída que nos dá bases para participar com propriedade nessa forma de fazer que deveria ser o normal.

SO-Quais são os maiores problemas do bairro?
CB- São os problemas que tem afectado a nossa cidade e que e também dos demais bairros: Desemprego, Álcool e Droga, pobreza, Habitação e arruamentos e acessibilidade, temos conhecido diminuição ao nível de violência mas ainda acontecem. Tem algo que gostaríamos de ter também hoje que faz falta que e uma caixa 24, pois não temos que deslocar a São Filipe ou Fazenda para ter dinheiro.

SO-No dia 27 iremos ter o II Fórum Pensar Safende.
CB- Sim o lema é Edukason, saúde e seguransa pa nos povo. Gostaríamos de contar com Safendenses para esse fórum que quer ser mais um espaço de participação. Contamos que vai sair ideias de acção concretas para melhoria de bem estar dos safendenses.

SO- O espaço aberto principal parceiro da ASDS corre o risco de fechar…
CB- É algo difícil de compreender. Se a prevenção é menos custosa. Se em todos os fóruns que se fala de experiência de sucesso fala-se do espaço aberto. Se vencemos o Prémio Direitos Humanos nacional…acho que temos que ser lógicos. Penso em toda a dinâmica que o Espaço aberto trouxe para o bairro…essa onda não pode parar. A ASDS está com o Espaço aberto e estamos dispostos a fazer o que for possível para manter espaço aberto sempre aberto.

SO- Que sonhos para Safende?
CB- Zero violência, zero famílias a passarem dificuldades básicas, zero crianças sem educação, Safendenses com uma vida digna.

SO- Que mensagem para os safendenses
CB-Estamos todos de parabéns, fizemos uma caminhada muito boa, precisamos continuar esta caminhada que com certeza deixaremos um Safende muito melhor para os nossos filhos e netos. Participem no fórum Pensar Safende no dia 27.