Para comemorar o dia Nacional do Batuque, a Câmara Municipal da
Praia programa o “Batuco nas Comunidades” no dia 31 julho pelas 17 horas ao
Lado da kaza Damizadi, com as batucadeiras de Safende e no Espaço Aberto de Safende com o
grupo Cimboa.
O batuque caracteriza-se por ter um andamento moderado, um compasso de e tradicionalmente ser apenas melódico, isto é, ser apenas cantado, sem acompanhamento polifónico. Comparado com os outros géneros musicais de Cabo Verde, o batuque estrutura-se no canto-resposta, e é o único que apresenta uma polirritmia. De facto, ao analizar o ritmo, descobre-se que o mesmo é uma sobre posição de um rítmo de 3 tempos sobre um ritmo de 2 tempos.
O batuque na sua forma tradicional, o batuque organiza-se como se fosse um crescendo orquestral. Tem dois movimentos (se é que se pode chamá-los assim)
Antigamente, a introdução da peça musical era feito com o instrumento cimboa (cordofone da família dos alaúdes), que fornecia a linha melódica base, mas atualmente o seu uso está praticamente extinto.
Já a cimboa que também é conhecida por cimbó é um instrumento
musical originário de Cabo Verde. Trata-se de um cordofone friccionado que era
tradicionalmente utilizado para acompanhar as danças de batuque.
Assim, é de lembrar, que ela é constituida pelo instrumento propriamente dito e por um
arco. O instrumento pertence à família dos alaúdes, e como tal possui um braço
ligado a uma caixa de ressonância. A caixa é feita a partir de uma cabaça, ou
quando esta é difícil de encontrar, de coco, com um tampo harmónico de pele de
cabrito esticada, fixa através de varetas de caniço. A partir da caixa sai um
braço fabricado com uma madeira flexível. Na extremidade desse braço
encontra-se uma cravelha de mogno para afinar a única corda do instrumento, que
está tendida entre uma pestana incrustada no braço e um cavalete situado sobre
o tampo harmónico.