Cabo Verde é um show. De termos e terminologias. Usamos e sabemos que nem sempre entendemos e pretendemos mesmo as vezes que não se compreenda. É o desfile.(março já vem!)
É isto mesmo! Pegamos uma palavra bonita as vezes estrangeira e mal traduzida/entendida e fazemos filme na" quintal de belinha"…li cv!
Foi estratégico, agenda transformação, requalificação, empreendedorismo, educação de qualidade, parceria, regionalização. Esta última talvez a que mais poder de nos encrencar tem. O lobo no saco da proposta, lebi, de regionalização deixa largas perguntas largadas.
Reféns do MPD e do PAICV, "poi ku dan pan poi", muitas vezes assessorados com ligeireza, vemos este país levado por caminhos que não necessariamente o edifica no presente e no futuro.
A regionalização não é panaceia dos graves problemas, por exemplo, de representatividade para lamentar no exercício do mais nobre acto de caridade, que é o gerir o bem comum - a politica.
Partindo do pressuposto básico que o desenvolvimento tem como principio e fim as pessoas e não unidades administrativas. A comunitarização, sim a comunitarização deveria ser prioritária antes da regionalização. E não nos venham com a cantiga de que a regionalização vai dar mais força e poder as comunidades. Sim a comunitarização poderia sim contribuir para corrigir as distorções incríveis que passa no país e justa redistribuição dos recursos que imensas vezes nem são gerados aqui mas vem por “mãos estendidas” que devia nos envergonhar.
Um exemplo concreto: No bairro amado temos 6.154 pessoas. Somos mais população do que os municípios de Tarrafal São Nicolau (5.224) Santa Catarina Fogo (5.274), Ilha da brava (5.579) Paul (5.789) e pouco menos do que Maio (6.817). Isto é, a Presidente da Associação Comunitária Amigos de Safende tem mais pessoas sob a sua responsabilidade comparando com os presidentes das camaras de Tarrafal SN, Santa Catarina Fogo, Brava ou Paul. Nem falemos dos vereadores mesmo os semi profissionais ou não a tempo inteiro como se diz comumente. E ela tem infinitamente menos recursos do que eles. Para começar ela é voluntária pela causa na amada zona.
Cada um desses municípios consomem recursos com "Camara", delegações, infraestruturas e processos que Safende nem sonha falar. Nem falamos ainda no mais básico, que é o fato deles em menor numero de pessoas do que Safende recebem visitas do Presidente, dos membros do governo, dos directores dos serviços e administração pública. E sabemos que contactos e acesso a contacto com os decisores (mesmo informais) são factores de desenvolvimento que não devem ser "menos prezados". Qual a ultima vez que se noticiou visita de um ministro ou secretario de estado ou director geral ao bairro amado para escutar a nossa gente!?
Portanto antes da regionalização queremos governo comunitário e assembleia comunitária, admitimos que alguém não concorde, então discutamos!!! Da nu fala na zona + amada. Nossa convicção é de que o desenvolvimento é para as pessoas fora disso não é o que pinta ser!
Dino