Do alto da sua timidez que contraria com o grande coração e crescente sentido de serviço comunitário Larinha Alves conta nos:
O momento mais desafiante para mim neste primeiro ano de coordenação sem dúvida foi a imposição do confinamento por causa da covid 19, os problemas que ela trouxe, as limitações, os medos e as incertezas de conseguir dar respostas às necessidades da comunidade. Estamos a falar de 6154 pessoas que batalham todos os dias e a maioria mães chefe de famílias, sim foi e ainda continua ser difícil a situação, mas a nossa comunidade é forte e de muita coragem. Uma comunidade que sofre mas não desiste.
Durante o confinamento a liderança da ACAS, os amigos da Associação, Voluntários com destaque para a nossa Presidente Edzany não paramos. Colocamos em primeiro lugar o bem estar da nossa comunidade, do nosso bairro amado,e graças a Deus posso dizer isso: conseguimos suportar mais de 500 Familias do bairro, se adicionarmos a parceria com a Camara chegamos a 1191 vezes nas familias, contemplando 25% da população de Safende. A associação teve a preocupação de chegar numa comunidade da Costa da África, uma comunidade do interior de Santiago,alem de um outro bairro da cidade mais vulnerável. Também Safendenses noutros bairros.
A maior aprendizagem que tive durante esse ano foi de partilha, aprendizagem, ouvir ,compreender, conhecer mais o nosso bairro a nossa gente, as suas dificuldades, mágoas mas também a sua coragem persistência, resiliência, o djunta mo e fé que um dia o bairro possa desfrutar das suas potencialidades para que haja mais desenvolvimento e o principal, mais segurança para que todos se sintam seguros dentro e fora das suas casas.
O meu dia- dia como coordenadora na Kazadamizadi; as 9h chego a kasadamizadi, pois tenho dois adultos a cuidar e criança para deixar na escola, Juntamente com o Ivano, limpamos o espaço, mesas e cadeiras, acolhemos as crianças. Sempre tem pessoas que vão conhecer o nosso trabalho, páro para acolher e falar ou escutar. Dificilcemte estou na Kasadamizadi de manhã a tarde, pois quando não tenho agenda fora ocupo com ida ao terreno, para ver as pessoas, ouvi las, senti las. Quando tem uma ocorrencia importante faço questão de ir pessoalmente pois tem detalhes que escapam e que só damos conta se formos fisicamente. Sempre temos formações para elevar culturalmente a nossa comunidade. Nós não paramos, sempre há actividades e isso que da vida a comunidade. É isto que nos faz diferentes como espaço de intervenção que segue ritmo e vida comunitária.
O que me mantém na Kasadamizadi é amor ao bairro e querer servir e ver Safende no top. Quero ver o meu bairro como grande exemplo de luta e persistência, uma referência do mundo ao nível de intervenção comunitária.
Eu vejo a kasadamizade daqui mais um ano muito melhor. Temos conseguido várias conquistas muito positivas para o bairro. Eu acredito que daqui a um ano o bairro terá uma nova cara ,mais dinâmica, mais segurança e mais desenvolvida.
Para mim todos os projectos são importantes. Mas ter um Balcão da casa de cidadão pra mim é muito importante porque trará mais importância ao bairro, facilitará as pessoas do bairro este serviço de qualidade. Tenho no coração o acompanhamento escolar, daqui vemos um futuro diferente para o bairro atraves destas crianças.
Gestão de parceiros é uma necessidade...posso dizer que estamos bem mais precisamos melhoras porque eles fazem parte desse processo, são importantes para nós. Temos um amor incondicional pelos moradores, que são a razão da nossa existencia e a medida de prova se estamos ou não no caminho certo. Gostamos que a população venha a KazaDamizadi, sentar, conversar, olhar, criticar e pegar para fazer!
A equipa é jovem mas dinâmica. Estamos e vamos conseguir ser uma equipa forte, cada vez mais forte e mais capaz. Sou grata a esta equipa porque sem ela nada seria possível, é uma equipa que está sempre disponível a servir o bairro.
Eu queria agradecer a todos que fazem parte desse lindo projecto que sempre acreditaram em nós. Nu fazi o que nunca foi feito li. Para este ano queremos ter como lema "Fazer bem o que tem que ser feito"