No âmbito
da comemoração do seu primeiro aniversário, a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus,
em Vila Nova, Praia, continua o ciclo de palestras sobre “violência urbana”,
visando “Melhorar a compreensão do fenómeno, tanto nas suas causas como
consequências para os diversos intervenientes; Partilhar respostas tentadas e
ou encontradas; Ensaiar potenciais respostas para as comunidades paroquiais”.
IGREJA: UM
AMBIENTE SERENO PARA CONVERSAR SOBRE UM TEMA INCÓMODO
Às quintas-feiras,
pelas 18h00, na Igreja paroquial, ainda em construção, têm-se reunido cerca de
duas centenas de pessoas, jovens, adultos e idosos para falar desse grave
problema que afecta particularmente a cidade da Praia.
Neste segundo
encontro, no dia 12 de Junho, falou-se dos custos da violência urbana. Na mesa
esteve um jovem com vivência de muitas situações de violência, um outro jovem, ex-proprietário
de um estabelecimento, um pai de família, vítima e duas enfermeiras do Hospital Agostinho Neto.
A conversa foi conduzida pelo jovem Dino, do bairro de Safende, da Comunidade
de Santo Egídio. O pároco, padre José Eduardo, lembrou que o objectivo destas
palestras é conhecer melhor o fenómeno da violência urbana para posteriormente se
elaborar um plano pastoral visando um trabalho preventivo.
O jovem
Dino, condutor desta conversa, começou por dar os parabéns aos participantes pois
apesar de ser o primeiro dia do jogo do Mundial de futebol no Brasil, as pessoas
escolheram fazer um jogo diferente, jogando a favor da Paz na sua comunidade.
Dino destacou, também, o facto de que essa conversa só ser possível num ambiente
sereno, como acontece numa igreja.
A música
foi também um motivo para começar. Um dos jovens que participou da mesa interpretou
um tema hip hop que fala do papel que sua mãe teve na sua vida, uma reflexão de
um filho arrependido.
De seguida,
foram projetados oito (8) vídeos, notícias da TCV que narravam situação de
violência juvenil em várias zonas da Praia, com perdas de vidas humanas, nos
quais eram visíveis as revoltas e as angústias das pessoas por falta de
soluções imediatas. Em todas elas, os jovens eram os protagonistas. (Continua)