Comissão de Coordenação de Álcool e outras Drogas
(CCAD) e Grupo Esperança Viva (GEV) mostraram preocupados com o consumo de
álcool principalmente nas crianças e apontaram mercearias ao pé da escola como
um problema. Essa preocupação foi demonstrada no âmbito da assembleia
comunitária realizada domingo 24 de Fevereiro na comunidade de Safende, o bairro Amado, sob tema
“Famílias livres das drogas comunidade saudável. Prevenção e acompanhamento na
família”.
O representante de Comissão de Coordenação de Álcool e
outras Drogas (CCAD) António Horta chama atenção da comunidade “se queremos ter
uma comunidade maior e melhor ao longo prazo, convém que focalizemos na
protecção das crianças.”
No ponto de vista do António, quando temos mercearias
muito próximo com venda de bebidas alcoólicas e que não respeita o limite
imposto pela câmara municipal devemos denunciar. Em mensagem António realçou
que “enquanto sociedade devemos ser polícia municipal, denunciando tudo aquilo
que é infracção e que coloca de facto crianças em risco”.
“Enquanto comunidade terapêutica temos um interesse
muito grande em envolver família desde primeiro dia do tratamento do seu
utente, sem famílias este trabalho acaba por ser um pouco deficitário”, informa
António Horta.
De acordo com a informação do representante de CCAD
apesar dos danos causados devido ao consumo exagerado famílias tem cooperado na
recuperação dos seus doentes.
Por seu lado secretária do Grupo Esperança Viva (GEV)
Ana Maria informa que que não é fácil trabalhar com os dependentes porque nem
todos aceitam que estão doente e que o consumo
não esta á faze-los bem a saúde.
Ana acrescenta ainda que a presença das famílias nas
sessões do GEV é muito importante porque eles são um “coo-dependente”.
Ana Maria disse que “é importante a participação das
famílias no GEV para poderem apreender como lidar com os membros da família que
é dependente”.
Familiares têm de saber “como lidar com o filho por
exemplo, após a sua saída do tratamento” e isso é ensinado no grupo esperança
viva.
Por outro lado Isilda Moreno mãe de dois filhos
dependente de álcool um deles em tratamento na fazenda esperança diz que Grupo
esperança viva faz um trabalho muito “importante”.
Segundo Isilda actualmente já sabe como lidar com uma
pessoa sob efeito de álcool ou outras drogas. “ Agora consigo ensinar qualquer
pessoa que tem família dependente como agir”.
De acordo com a nossa entrevistada “antes de conhecer o GEV dizia ao meu filho que ele bebia de “abuso” mas agora já sei que ele está
doente, trato-lhe com mais carinho e amor”.
Por seu lado Ana secretaria da GEV diz que “álcool tem
sido um problema na nossa sociedade já que até as crianças estão a consumir
bebida alcoólicas”.
Na visão dela não é correto a venda de bebidas
alcoólicas nos arredores da escola por isso defende que “é necessário que
entidades competentes comecem por fazer uma vistoria a fim de tomar medidas
corretas”.
É de informar que assembleia comunitária foi realizada
num ambiente de batuque e músicas com mensagens de sensibilização, para além de
testemunhos e mensagens deixado por um adito em recuperação, pelos líderes
comunitários e de instituições que lutam pela causa.
CM.