Que 2013!?

À vista desarmada, entre algumas luzes, é possível vislumbrar muitas sombras. Para começar, presente as muitas e variadas fragilidades sociais estruturais, tendo em conta os contextos e situações económicas nacionais e internacionais e sabendo ser Cabo Verde um país ainda muito dependente do exterior, em termos sociais, em vários aspectos, é possível prever um ano duro para todos, diria mais duro do que as normais durezas de todos os outros anos, seja para o Estado, para as empresas, para as famílias e para cada um dos cidadãos individualmente.

Outrossim, como se sabe, no contexto das mudanças sociais profundas e duradouras, muitas problemas sociais, tendem a acentuar-se, sobretudo, por parte dos socialmente mais desfavorecidos, por não conseguirem acompanhar o vertiginoso e duro ritmo das mudanças. Por isso, nessas alturas, como é o caso, as instituições de solidariedade social, a vários níveis, assumem particular relevo e responsabilidade na mitigação e resolução de certos problemas sociais experimentando, para isso, muitas vezes, a necessidade de aumentarem a sua capacidade de resposta devido ao agravamento da procura dos seus serviços. No entanto, apesar da pressão, todos sabemos que isso dificilmente vai acontecer em 2013 até porque já começou o movimento de recuo de algumas dessas instituições tais como algumas câmaras municipais e ONGs do país no atendimento de algumas situações sociais, nomeadamente, nos sectores do ensino/educação e da assistência social.

Pedro Moreira

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