"pessoalmente, eu entendo que o apelo a uma “contínua reforma fiscal” deve ser essencialmente reforma organizacional e a nível da capacitação dos recursos humanos, passando para uma gestão mais profissional, despersonalizada e despartidarizada. Problema global, permanente e quase canceroso da nossa Administração. Exemplos: um quadro que fez toda a sua carreira nas Alfândegas, por mais competente que seja, não pode, de repente ser transferido para a DGCI ou vice-versa. Um engenheiro eletrotécnico competente deve estar no sector da energia, telecomunicações, aviação ou áreas afins mas nunca Director Geral das Contribuições e Impostos, do Comércio ou do Plano. Há que reduzir a intervenção política na gestão dos recursos humanos e deixar que as pessoas façam carreira nas respetivas áreas e que a ascensão profissional seja fruto dessa carreira, cabendo a liderança nascer de entre os mais competentes que normalmente têm uma certa senioridade e respeitabilidade reconhecida pelos demais colegas. Portanto, os dirigentes da Administração são, antes de mais, técnicos que se movimentam num quadro de meritocracia vertical, sem ou com muito pouca interferência político-partidária."
Victor Fidalgo
Comentario sobre "teses" do FMI
Victor Fidalgo
Comentario sobre "teses" do FMI