A situação da
nossa república é para chorar (porque manifestar não é para o cabo-verdiano).
Repara se somarmos todas as derrapagens (tanto do Governo e das principais
Câmaras do país) o valor é astronómico. Estou a falar de milhares de contos por
cada cabo-verdiano residente no país. Só cinco das principais outras do país a
cifra da derrapagem é superior a 2 mil milhões de escudo. Perante este número
que diz a famosa Comissão Parlamentar de Inquérito das obras públicas
"está tudo nos conformes". A Comissão de "portas fechadas"
perante tamanho roubo manda dizer ao povo "di sigi sabura" que está
tudo bem. Portanto o Parlamento, o Governo, as Câmaras são dos que andam, mas
não da república.
Muita boa gente,
anda quer nos fazer que o problema da nossa quase justiça é a morosidade da
mesma. Mas o verdadeiro problema da nossa quase justiça é a corrupção, o
suborno e a influência. A justiça não é igual para todos, a justiça não vê os
cidadãos da mesma forma. Por isto, a nossa quase justiça é de quem pode e não
da república.
As Forças Armadas
o garante da Nação e do Estado, por outras palavras, as Forças Armadas é a
última Instituição do Estado a cair é um mercado de negócio de armas. Portanto,
ela é tudo mesmo da república.
Por tudo isto e mais
algumas outras coisas a sujeira é grande. E por ser um cidadão atento, há muito
tempo que não oiço nenhum político nacional a falar da república. Olavo Correia
falou duma parte (a parte que lhe convêm) e nos (os cidadãos) temos o dever de
lembrar que a república não tem parte, mas sim é um todo.
Rony Moreira
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