A comemoração do Dia Internacional do Migrante, 18 de
2012, deu comigo fora de “nos Cabo Verde de Speransa”. Não sou migrante clássico,
mas estou a sentir estrangeiro! Estou em Maputo, Moçambique, onde vim
participar na conferência Africana da juventude. Neste momento, que já terminou
a conferencia, estou sendo acolhido por uma família moçambicana e está sendo
uma grande experiencia de fraternidade e acolhimento entre desconhecidos que de
repente fazem parte agora de uma só família. Como crente católico não posso
nada mais, além de agradecer a Deus por ainda confiar aos seres humanos um
coração bondoso. E rezar para que Ele derrame o seu amor infinito a essa família
particular bem como a toda a grande família Moçambicana que é um povo alegre
apesar de a história recente os fez sofrer com as atrocidades de uma guerra sempre
inútil.
Segundo dados da ONU, hoje estimam-se 214 milhões de
irmãs e irmãos migrantes internacionais no mundo, que vivem fora de seus países
de origem. Uma grande parte deles/as enfrentam situações de vulnerabilidade,
desprotecção e violações de seus direitos humanos, apesar de suas valiosas
contribuições às sociedades de acolhida e a seus próprios países de origem.
Um pouco mais de atenção nos faz perceber que há um chamamento
quiçá urgente à hospitalidade pois só nos últimos 8 anos o número de migrantes
aumentou de 150 milhões, em 2002, para 214 milhões em 2010. Sério, Existem mais 214 milhões de pessoas como eu!
Manos e manas estou longe na distancia mas perto no
sentimento e no espirito que nos guia e nos torna "membros
da família humana”; por isso é justo a declaração Universal do direitos humanos começar por afirmar
que nós os seres humanos, todos: "nascem livres e iguais em dignidade e
direitos e, dotados como estão de razão e consciência, devem comportar-se
fraternalmente uns com os outros”.
Texto: Dino