Depois do barulho, da festa e dos encontros
natalinos, voltamos à vida normal, com seus horários, obrigações e afazeres.
Para o homem e a mulher que vivem submersos no niilismo da cultura atual, a
volta à rotina provoca horror, estresse e muitas hipocondrias. Esse fenômeno
revela a enfermidade do nosso tempo: a solidão da pessoa e a cegueira
existencial que impede a apreciação da beleza da vida diária.
O descanso nos é pedido pelo Criador (cf. Gn
2, 1-3). A festa é expressão, privilegiada, da necessidade que o ser humano tem
da alegria para uma existência bem vivida. Ao mesmo tempo, ela tem que ser um
estímulo para encararmos com energia renovada cada nova semana e cada período
pós-férias.
O insuportável do viver de cada dia vem da
carência de alegria nas coisas que fazemos, experimentamos ou vivemos. Isto
acontece, entre outros motivos, por causa da falta de realismo na nossa visão
de vida pessoal, social e profissional, ou, simplesmente, porque nos sobra
irritação, coisa que deteriora o clima familiar e geral.
Vamos começar este inquietante 2013 com o
firme propósito de redescobrir a beleza e a alegria da nossa rotina? Eu
proponho o remédio do bom humor, da gentileza e da compreensão. Quantos
problemas se solucionariam se evitássemos os maus modos e exercitássemos o
apostolado do sorriso!